Origem do nome da escola

                                                     IRMÃ BEATA 

 


Final do século dezenove
Deus uma santa enviou,
Num janeiro, vinte e nove.
À vilazinha holandesa.
A criancinha chorou
Pro mundo ouvir a beleza.

Confirmada no batismo
Wilhelmina Luwen
Cresceu no bom catecismo
Das religiosas de Etten.

Caridosíssima freira,
A serviço do Senhor,
Procurou outra trincheira
Para expressar seu amor.

Viajora singrou mares
Para adorar a Jesus
Nos mais longínquos altares
Da Terra de Santa Cruz.

Ele entrou em Jerusalém
Num jumentinho montado.
E isto ela fez também
No seu caminho traçado.

Mil novecentos e doze
Primeiro de fevereiro
Humilde, sem qualquer pose,
Chega ao destino estrangeiro.

Jesus aos trinta e três.
E a holandezinha também.
E todos, de uma só vez,
Agradeceram: Amém!

Eram nortistas gerais
De uma Minas catrumana,
Tão longe da terra dos pais
Da religiosa tão humana.

Claros altaneiros montes
Da Princesinha do Norte
Seriam preciosas fontes
De um amor de mulher forte.

Semeou sua cultura
Àquela gente bondosa
Da forma mais bela e pura,
Da forma mais carinhosa.

No então único hospital
Que havia na cidade
Serviu de forma abissal
A Deus e à irmandade.

A incansável enfermeira
Do rebanho das pastoras
Tornou-se exímia parteira
De vidinhas promissoras.

Da santa casa de saúde
Cuidou por quatro decênios,
Até chegar ao ataúde
Para atravessar milênios.

Agosto, no oitavo dia,
Do ano cinquenta e dois
Do século em que chegaria
Esse anjo partiria. E depois?

Foram setenta e três anos
De vida laboriosa
A serviço dos humanos
Com uma fé grandiosa.

E hoje brilha no céu,
Já que a vida ninguém mata,
Essa estrela, com seu véu
 Essa santa Irmã Beata.                                   
                                                                                                     Fonte: Blog de AUGUSTO VIEIRA